Após dois dias de manifestações dos rodoviários – que num tipo de operação tartaruga pioraram os engarrafamentos na cidade – foi marcada uma reunião para esta segunda-feira, às 11h, entre a direção do sindicato da categoria e a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador). Os rodoviários reclamam de um suposto “excesso” de multas aplicadas pelo órgão contra a categoria, que tem os valores descontados do salário pelas empresas de ônibus.
"Operação Tartaruga" complica ainda mais o trânsito |
“A reivindicação é por segurança e estrutura nos terminais e contra o abuso de poder da Transalvador no acesso de multas. Algumas chegam a R$ 800, chegamos ao limite da situação”, reclama o diretor financeiro do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira. O superintendente da Transalvador, Alberto Gordilho, afirmou que o órgão sempre esteve aberto ao diálogo e discordou das manifestações. “Lamento profundamente que os rodoviários tenham optado pela paralisação, que tumultua a vida das pessoas e piora o trânsito”, diz Gordilho.
Salvador possui uma frota de ônibus com cerca de 2.800 veículos e aproximadamente 10 mil motoristas e cobradores. Entre janeiro e agosto deste ano, foram aplicadas 2.179 multas contra os rodoviários, 80% delas devido ao motorista não parar o coletivo no ponto quando solicitado pela população, segundo informa o superintendente da Transalvador, Alberto Gordilho.
Horários - Nesse último caso, quando o ônibus se atrasa em relação ao horário estipulado para determinada linha, as empresas descontam o valor da multa do salário dos rodoviários, o que sempre gerou insatisfação.
Os rodoviários argumentam que o horário apertado para cumprir o itinerário pressiona os motoristas a cometer infrações. O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Manoel Machado, chegou a afirmar que é impossível cumprir a lei de trânsito e o horário das linhas ao mesmo tempo.
Empresas - “Não tem sentido fazer manifestação por causa de multa. Afinal de contas os condutores são responsáveis por suas ações. Quem comete a infração é a pessoa, o indivíduo”, defende o assessor de relações sindicais do Sindicato das Empresas de Transporte de Salvador (Setps), Jorge Castro. “Tentamos seguir a lei, mas a pressão das empresas torna isso impossível”, argumenta Machado, do Sindicato dos Rodoviários.
Com informações: A Tarde
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